Os carros modernos estão vindo com tanques cada vez menores, 44, 41, 39 e até mesmo 36 litros são algumas opções existentes no mercado. O Jeep Renegade e a Fiat Toro, por exemplo, substituíram o compartimento de 60 litros por outro de 55 litros na configuração com motor 1.3 turbo flex.

A razão dessa diminuição é o Programa Nacional de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), regulamentado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que está em sua sétima fase, o Proconve L7, e com a oitava já prevista para entrar em vigor a partir de 2025.

O Proconve entrou em vigor, no começo dos anos 1990 para regular as emissões evaporativas, que são os poluentes emanados pelo vapor do combustível armazenado nos tanques.

Desde 2022 a legislação brasileira impõe um limite de 0,5 g por dia e 50 mg/l durante o processo de abastecimento, em emissões evaporativas de automóveis e comerciais leves vendidos no Brasil. Para manter o controle, o Ibama promove um teste de medição com o veículo em dinamômetro pelo período de 48 horas.

Para cumprir os parâmetros, as fabricantes aumentaram os cânister, retrabalharam os sistemas de alimentação de seus veículos e adotaram tanques de combustível menores, que reduzem o volume vazio e ficando mais fácil de conter as emissões evaporativas.

O cânister é um filtro de carvão ativo que coleta o combustível vaporizado, filtra poluentes como os hidrocarbonetos e envia esse vapor tratado para o sistema de admissão do veículo.

Em alguns modelos, como o Corolla e o Corolla Cross híbridos, foi preciso sacrificar o volume do tanque para dar espaço às baterias que alimentam o motor elétrico. Dessa maneira, os carros vão ficando mais econômicos e eficientes em emissões de poluentes, mas não necessariamente com uma autonomia maior.

Com informações de Leonardo Felix, do Autoesporte