Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os bilhões de Reais, arrecadados todos os anos, com o pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), não vão, necessariamente, para melhorar estradas, sinalizações de trânsito e outras questões relacionadas a infraestrutura rodoviária.

Do total arrecadado em cada estado, 20% é enviado para a União, mais precisamente para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), criado em 2007. Do valor restante, 40% fica no cofre do respectivo estado, e 40% vai para o município de registro do veículo, que deve corresponder ao local de domicílio ou residência de seu proprietário. Isso vale para qualquer estado do Brasil.

Ou seja, o dinheiro vai compor o orçamento anual de cada região, e será distribuído entre várias áreas de atuação do estado e das prefeituras, como: saúde, educação, segurança pública e também a infraestrutura do trânsito.

Antes do IPVA existir, os brasileiros tinham que pagar a Taxa Rodoviária Única (TRU), que era nacional e não por estado. O imposto foi criado durante o governo Médici, em 1969, com o objetivo de financiar a construção e manutenção de rodovias, já que existia um incentivo para o fortalecimento da indústria automotiva.

O IPVA, como conhecemos hoje, foi criado em 1985 em São Paulo, e no mesmo ano foi incorporado no Rio de Janeiro. A partir de 1986, todos os estados passaram a adotar o imposto e cada um escolheu a sua própria alíquota, que atualmente pode variar entre 0,5% e 4%.

Com informações de André Schaun, do Autoesporte