Na maioria dos modelos é possível, mas apenas em teoria, já que a eletrônica impede a sua realização. Essa capacidade se dá, pois, muitos motores elétricos podem girar em qualquer um dos sentidos com o mesmo desempenho.

Os híbridos abrem mão das engrenagens e do peso de uma ré convencional, e usam o motor elétrico auxiliar, girando ao contrário, para manobrar. Os elétricos vão além e abrem mão do próprio câmbio.

Os veículos possuem controles que limitam a velocidade em marcha à ré, tanto que quem já tentou passar de 15 km/h sabe como é difícil. Em 2017 a Nissan retirou essas proteções de um Leaf e bateu o recorde de tempo em Goodwood andando ao contrário.

Porém, usar a inversão do motor elétrico para manobras pode ser um problema em híbridos mais simples, como o Toyota Prius, que é conhecido por não conseguir subir ladeiras de ré quando a bateria de alta tensão está com pouca carga. O motor elétrico fica sem força e não há como o motor a combustão auxiliá-lo.

Alguns carros até interrompem e a ré e vão para frente, o que pode ser perigoso. Mas basta parar o carro e esperar que o motor a gasolina recarregue parte da bateria, para permitir que o veículo consiga fazer a manobra.

Por Rodrigo Ribeiro, do Auto Esporte – Serviços