A Nissan já trabalha com célula de combustível tem um tempo e atualmente, testa no Japão, dois furgões, completamente elétricos, desenvolvidos em 2016 e 2017, no Brasil, como o e-NV200 (imagem), conhecido como protótipo SOFC – Solid Oxide Fuel Cell (célula de combustível de óxido sólido).

O protótipo SOFC foi criado no Japão, há cinco anos, porém, contou com uma expressiva atuação da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Nissan do Brasil, que contribuiu para a evolução da tecnologia de células de combustível com o emprego de etanol. Outras duas grandes contribuições foram as do Instituto de Pesquisa Energética e Nucleares (Ipen-USP) e do Laboratório de Genômica e BioEnergia da Unicamp.

Como o Brasil é pioneiro nos programas energéticos que incentivam o uso do etanol, em 2019 a Nissan assinou um acordo com a Unicamp para estudar as tendências e o uso do combustível na mobilidade elétrica.

A tecnologia, que tem praticamente zero emissão de poluentes, funciona a partir da energia elétrica gerada pela utilização do etanol, que, combinado com a eficiência dos motores elétricos e do sistema de bateria, dão aos furgões uma autonomia acima dos 600 km, com apenas 30 litros de etanol.

Esse sistema pode ser facilmente adotado pelos países, já que eles dispõem de uma ampla rede de postos de combustíveis. Porém, o sistema de carregadores de baterias ainda não está disponível em larga escala.

A Nissan, que foi pioneira no desenvolvimento de um protótipo movido pelo SOFC, já usa, em alguns modelos, o e-Power, um sistema parecido, que usa um pequeno motor a gasolina para gerar eletricidade e, assim, alimentar o motor elétrico.

Com informações do Jornal do Carro / Estadão – Imagem: Nissan