A gasolina passou pelo quarto reajuste neste ano e apesar do etanol não estar incluído na nova tabela da Petrobras, ele sobe junto. O mercado de combustíveis tem cotação diária, pois o preço da gasolina está ligado ao câmbio e ao preço do petróleo.
Conforme Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica), organização que representa os produtores de etanol a partir da cana de açúcar, o primeiro motivo é de oferta e demanda, já que o álcool pode substituir a gasolina nos carros flex e com o aumento da sua procura, seu preço também sobe.
Para os donos de postos de combustíveis, o problema é outro. Se ele vender o “estoque” pelo preço antigo, não terá margem para repor o conteúdo com o valor atualizado. E quando a Petrobras reduz os preços, a vantagem dessa redução muitas vezes nem aparece na bomba.
A safra e a entressafra são outros fatores que influenciam no preço do etanol. No período de abril a novembro as plantações são produtivas, o que diminui seu preço e aumenta a sua venda. Porém, de dezembro a março a produção é baixa, o que o deixa menos competitivo. A entressafra também influencia no preço da gasolina aqui no Brasil, já que o combustível é composto por 27% de etanol.
Além dessas variáveis, a política de margem de lucro das distribuidoras, a política de margem de revenda e o ICMS afetam o preço final.
Com informações do Auto Esporte / Mercado