A Uber anunciou o início dos testes do recurso Women Preferences, que permite que passageiras escolham ser atendidas apenas por motoristas mulheres. A funcionalidade, que já disponível em países da Europa e nos Estados Unidos, começa a ser testada no Brasil de forma gradual.
Nesta primeira fase, o serviço será implementado em cidades específicas: Campinas, Piracicaba, São José dos Campos e Ribeirão Preto (SP); Uberlândia (MG); além das capitais Curitiba (PR) e Campo Grande (MS).
A nova modalidade busca aumentar a sensação de segurança de mulheres durante as viagens, um tema sensível diante do número crescente de casos de assédio e violência. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o país registrou 1.492 feminicídios em 2024, o maior índice desde o início da série histórica, em 2015.
O funcionamento é simples. Ao solicitar uma corrida, as passageiras poderão selecionar a opção Motoristas Mulheres no aplicativo. Caso o tempo de espera seja maior do que o desejado, haverá a possibilidade de escolher outra viagem com embarque mais rápido. Se não houver condutoras disponíveis na região, o sistema conectará automaticamente com o motorista parceiro mais próximo.
Para quem deseja mais previsibilidade, é possível utilizar o recurso Reserve, que permite agendar viagens com motoristas mulheres. Além disso, as passageiras podem definir, nas configurações do app, a preferência por condutoras — o que aumenta as chances de pareamento com uma motorista do sexo feminino, embora não haja garantia.
As motoristas mulheres também têm a opção de ativar a Preferência de Passageiras, disponível nas configurações. Caso desejem atender a todos os públicos novamente, podem desativar a função a qualquer momento.
O novo recurso complementa outras iniciativas de segurança da plataforma, como o programa Elas na Direção, em vigor desde 2019. Por meio dele, as condutoras podem optar por receber apenas solicitações de passageiras mulheres. A funcionalidade está ativa em todo o território nacional e em mais de 40 países, estimulando a geração de renda feminina no setor.
Com informações de Gabriely Rodrigues e Vitória Drehmer, do Autoesporte.