Abastecer o carro é uma rotina simples, mas que pode gerar grandes problemas quando o combustível não está dentro dos padrões. A adulteração, prática ilegal ainda comum, prejudica o motor, aumenta os custos de manutenção e coloca em risco a segurança de motoristas e passageiros.

Os sinais costumam aparecer logo após o abastecimento, mas muitos condutores não sabem como agir. Quando identificados a tempo, os danos podem ser reduzidos ou até evitados. Mais do que reconhecer os sintomas, é importante seguir as orientações corretas para proteger o veículo e garantir respaldo legal.

Carros movidos exclusivamente a gasolina apresentam sintomas imediatos, como engasgos ao acelerar e marcha lenta irregular. Nos modelos flex, o sistema eletrônico mascara o problema, tornando a percepção mais difícil. Já nos veículos a diesel, o motorista pode notar excesso de fumaça e vibração no motor.

Rodar com combustível adulterado agrava os danos. Misturas com solventes ou de baixa octanagem provocam pré-ignição e batida de pino, comprometendo pistões, válvulas e até levando à quebra do motor. Em casos de falhas graves, o ideal é acionar um guincho para evitar prejuízos maiores.

Na oficina, o mecânico deve esgotar o tanque, coletar amostras e comparar a densidade, cor e aspecto do combustível. Em muitos casos, apenas a substituição do produto devolve o desempenho normal. Se bombas ou bicos injetores forem afetados, será necessário um reparo mais profundo.

A nota fiscal do abastecimento é fundamental, pois comprova onde e quando foi colocado no tanque — sem ela, o consumidor perde força para exigir ressarcimento ou registrar denúncia. A ANP recebe reclamações pelo telefone 0800 970 0267 e pelo site oficial. O Procon também pode ser acionado, já que vender combustível adulterado é crime contra o consumidor, sujeito a multas, interdição e até cassação da licença do posto.

Tomar medidas rápidas ao perceber os sinais pode salvar o motor, evitar gastos elevados e impedir que a adulteração coloque em risco a segurança e o meio ambiente.

Com informações do Iago Garcia, do Autoesporte.