Na hora de abastecer, muitos motoristas ainda se perguntam qual combustível escolher: comum, aditivado ou premium. Todos seguem as normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas cada um traz impactos diferentes no desempenho, no consumo e na durabilidade do motor.

A gasolina comum é a versão mais básica, composta por até 30% de etanol anidro. Atende toda a frota, mas, por não conter aditivos extras, pode favorecer o acúmulo de resíduos em bicos injetores e válvulas com o tempo. eu índice antidetonante (IAD) de cerca de 87 atende bem motores de baixa compressão, mas não oferece ganhos em aplicações mais exigentes.

A aditivada usa a mesma base da comum, mas recebe compostos detergentes, dispersantes e anticorrosivos que ajudam a manter o motor limpo, protegido e eficiente. Empresas como a Ipiranga destacam ganhos de economia, menor desgaste e redução de emissões. Na prática, é a opção mais equilibrada entre custo e benefício para quem busca durabilidade e rendimento no dia a dia.

Já a premium se diferencia pela alta octanagem, indicada para motores de alta compressão, turbo ou esportivos. Também traz aditivos em maior concentração, estabilidade química superior e menor teor de enxofre. Barbosa explica que a octanagem mede a resistência do combustível à pré-detonação — quanto maior, mais uniforme e potente é a combustão, evitando a chamada “batida de pino”.

O uso de combustível inadequado pode gerar perda de potência, maior consumo e desgaste precoce. Por isso, seguir a recomendação do manual do veículo é fundamental. Misturar tipos diferentes não causa danos imediatos, mas reduz benefícios: a premium perde desempenho quando combinada à comum, e a aditivada diluída perde parte da capacidade de limpeza.

Para veículos de uso cotidiano, a aditivada costuma ser a melhor escolha. A premium atende exigências específicas de carros esportivos ou importados, enquanto a comum cumpre sua função, mas pode exigir mais manutenção no longo prazo. Em resumo, a decisão no posto de combustível vai além do preço: impacta diretamente a eficiência, a economia e a vida útil do motor.

Com informações de Iago Garcia, do Autoesporte.