Os compressores elétricos e mecânicos atuam da mesma forma: o gás refrigerante é admitido em uma câmara e é comprimido, aumentando sua pressão e temperatura. A diferença está em como esse mecanismo é acionado.
Nos veículos a combustão, o compressor funciona por uma polia conectada ao virabrequim, enquanto no carro elétrico existe um motor elétrico para transformar a energia que vem da bateria em rotação e compressão do fluido refrigerante.
É possível adotar um acionamento elétrico nos carros a combustão comuns, mas isso não seria necessariamente econômico.
A demanda adicional de energia seria suprida pelo próprio motor, afinal é ele que carrega a bateria de chumbo, o que teria um impacto negativo no consumo final do carro.
Nos híbridos leves (ou MHEV), a adoção de um compressor elétrico pode ser viável, mas é um desafio complexo. Para que isso ocorra, é preciso garantir que a bateria do veículo esteja corretamente dimensionada para o uso do compressor, com uma capacidade maior (medida em kWh).
Outro detalhe é que os MHEV trabalham com sistemas de no máximo 48V e os compressores demandam uma corrente elétrica superior. Some isso ao fato de o motor a combustão estar sempre tracionando esses carros, o que significa que o compressor mecânico tem energia disponível sempre que necessário.
Com informações de João Vitor Ferreira, da Quatro Rodas.