Apesar dos recursos que evitam acidentes e até mesmo da falta de combustível líquido, os carros elétricos dão um imenso trabalho aos bombeiros quando pegam fogo. Tudo por causa da avalanche térmica, causada pelas células das baterias que geram uma química que produz mais calor e aumentam a reação num processo descontrolado.
Para conter o fogo, brigadistas utiliza, em média, 170.000 litros d’água para socorrer um carro elétrico. 90 vezes mais do que seria usado em um carro movido a gasolina. Já existem protocolos que cuidam apenas das imediações e deixam o veículo queimar.
Para evitar esse tipo de situação, a empresa norte-americana PPG desenvolveu um produto, batizado de Corachar SE 4000B, que contém a avalanche térmica, de modo que o fogo até danifique as células, mas não destrua o veículo.
O produto, que é uma resina epóxi, já está sendo oferecido para montadoras brasileiras. Ela é borrifada com spray, acima do compartimento de baterias do carro; pode ser aplicada por robôs, tem apenas 0,06 cm de espessura e pesa menos de 1 kg.
A resina promete aguentar até 1.200 ºC, por 30 minutos, o que permite uma resposta segura dos ocupantes e socorristas. Quando aquecida, ela se expande e melhora o isolamento térmico, além de ser compatível com diferentes tipos de bateria.
Após exposto ao foro, o Corachar pode ser trocado. Inclusive apenas nas células incendiadas.
Com informações de Eduardo Passos, da Quatro Rodas.