A guerra entre a Ucrânia e a Rússia mostrou a importância de reduzir a dependência do petróleo, já que, o país russo, um dos maiores produtores do mundo, desestabilizou o mercado de combustíveis em todo o planeta. Portanto, buscar alternativas às formas tradicionais de combustão – como gasolina e diesel – são vistas como uma necessidade.
O hidrogênio pode ser uma boa solução. Sua queima não emite poluentes e a autonomia é alta, na faixa de 600 km com um reabastecimento, conforme o tamanho do tanque. Porém, o custo do transporte e a armazenagem são duas grandes desvantagens que impedem a massificação desse modelo de veículo.
O transporte do hidrogênio precisa ser feito de forma liquefeita, como o gás de cozinha, só que em uma temperatura de -252ºC e o abastecimento do carro será em gasoso. Essa condição específica, encarece a logística de grandes volumes. Além do armazenamento, que requer tanques de alta pressão – na faixa de 700 bar – o que também é caro.
O Instituto de Materiais Avançados da Universidade Deakin (IFM), na Austrália, tem um estudo que encontrou a solução para esse problema, que seria aquecendo-o. Porém, o hidrogênio sólido, também conhecido como em pó, utiliza as moléculas com nitreto de boro para capturar as de hidrogênio, permitindo assim, que ele seja transportado em temperatura ambiente. Mas o nitreto de boro é um material mais leve, que permite comprimir até 1.100 m³ de gás em apenas um grama.
Agora, o desafio é separar o hidrogênio da outra substância após o transporte, sem contaminação. Além de encontrar uma forma prática de armazenamento, para que se encaixe em diversas formas de transporte pelo mundo.
Com informações de Paula Gama, do UOL Carros.