O surto do Coronavírus causou diversas quedas no preço do petróleo, porém, um desacordo entre a Arábia Saudita e Rússia fez o preço despencar em 30%, chegando a US$ 30,00 o barril, a maior queda desde a Guerra do Golfo, em 1991.

O governo de Moscou foi contra a diminuição da produção da commodity proposta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), com o objetivo de conter a queda dos preços que já vinha ocorrendo com a chegada do vírus. Então, o governo saudita anunciou que irá aumentar a produção a partir de abril e reduzirá o preço de venda do óleo.

Essa crise até beneficia os países europeus que compram o produto e o consumidor final, porém, o preço deve estabilizar e voltará a subir, só que em um ritmo mais lento, afinal, não é interessante, nem para a Arábia Saudita, nem para a Rússia, que o barril chegue ao US$ 20,00.

No Brasil, o impacto deverá ser sentido no preço final da gasolina, já que a Petrobras tem adotado uma política de preços atrelada ao que é praticado no exterior. Uma maneira de fazer com que o preço não sofresse tanto impacto seria o ajuste da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) por parte do governo. Atualmente o imposto é de R$ 0,10 por litro de gasolina e zerado para o diesel.

Porém, conforme o Presidente da República Jair Bolsonaro, foi descartada qualquer intervenção e ele disse ainda que a tendência é que os preços diminuam nas refinarias. Só que o grande problema está na passagem do preço da refinaria para a bomba de gasolina.

Com informações da Quatro Rodas